sábado, 16 de março de 2013

Chapter III - From love blooms loyalty


Chapter III - Loyalty 

C is for caress


A História de Hachiko

 

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6b/Hachiko.JPG/200px-Hachiko.JPG


O cão Hachiko nasceu em 10 de Novembro de 1923 em Odate, na provincia de Akita, no Japão.  No ano seguinte Hidesaburō Ueno, um professor do departamento de agricultura da Universidade de Tóquio, trouxe-o para Tokyo, passando a ser seu dono.

O Hachiko seguia o professor Ueno para todos os lugares. Ele acompanhava Ueno à estação de comboios de Shibuya todas as manhãs e ai então retomava e esperava por ele todas as tardes. Esta rotina continuou até maio do ano seguinte, quando numa tarde o professor não voltou ao seu usual comboio.

 A vida feliz de Hachiko como o animal de estimação do professor Ueno foi interrompida apenas um ano e quatro meses depois. 

Ueno sofrera um AVC na universidade naquele dia, nunca mais retornando à estação onde sempre o esperava Hachiko. 

Em 21 de maio de 1925, o professor Ueno sofreu um derrame súbito durante uma reunião do corpo docente e acabou por falecer.

 A história diz que, na noite do velório, Hachiko, que estava no jardim, quebrou as portas de vidro da sua casa e foi em direção da sala onde o corpo foi colocado, passando a noite deitado ao lado de seu dono, recusando-se a sair. 

Outro relato diz que quando chegou a hora de colocar vários objetos particularmente amados pelo falecido no caixão com o corpo, Hachiko saltou para dentro do caixão e tentando resistir a todas as tentativas de o remover.


Foi então que a  Senhora Ueno deu o Hachiko a alguns parentes do professor, mas este fugiu várias vezes e voltava para a sua casa em Shibuya, e passado um ano, Hachiko ainda não se tinha acostumado à sua nova casa Com isto, ele acabou por ser dado ao ex-jardineiro do Professor Ueno, que conhecia Hachiko desde que ele era um pequeno. 

Mas o Hachiko continuava a fugir na esperança de encontrar o seu dono. Até perceber, que o professor já não morava mais na sua casa em Shibuya, Hachiko passou a ir todos os dias à estação de Shibuya, da mesma forma como ele sempre fazia, e esperando que o professor voltasse para casa. 

Todos os dias ele ía e procurava a figura do professor Ueno entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. 
Ele continuou dia após dia, ano após ano, por entre os apressados passageiros. 

 Hachiko esperava pelo retorno de seu dono e amigo.


A figura permanente do cão à espera de seu dono atraiu a atenção de alguns passageiros. Muitos deles, frequentadores da estação de Shibuya, já haviam visto Hachiko e o Professor Ueno indo e vindo diariamente no passado. 
Percebendo que o cão esperava em vão a volta de seu dono, sentidos, passaram a trazer pestiscos e comida para alivar a sua guarda.

Aproximadamente durante 10 anos contínuos o devotado Hachiko retornava todos os dias à estação de comboios de Shibuya, mais precisamente no horário do desembarque do comboio em que Ueno chegava, na esperança de encontrar o seu dono.

Em 1929, Hachiko contraiu um caso grave de sarna, que quase levou à sua morte. 

Devido aos anos passados nas ruas, ele estava magro e com feridas das brigas com outros cães. 
Uma das suas orelhas já não se levantava mais, e ele já estava com uma aparência miserável, não digna de uma criatura orgulhosa e forte que tinha sido uma vez. 

Ele poderia ter sido confundido com qualquer cão da rua. Com o passar do tempo, Hachiko envelheceu, e tornou-se muito fraco, acabando por sofrer de dirofilariose, um verme que ataca o coração. 

Na madrugada de 8 de março de 1934, com idade de 11 anos, ele deu o seu último suspiro numa rua lateral à estação de Shibuya.


Os seus ossos foram enterrados num canto da sepultura do professor Ueno (no Cemitério Aoyama), para que este finalmente podesse reencontrar o seu tão ansiado dono passado tantos anos.


Em 21 de abril de 1934, uma estátua de bronze de Hachiko, esculpida pelo escultor Tern Ando, foi erguida em frente ao portão da  bilheteira da estação de Shibuya, apesar que depois tenha sido derrubada para a produção de material bélico, durante a 2ª Guerra Mundial, foi construida uma réplica, por Takeshi Ando, filho do escultor original, em 15 de Agosto de 1948.


Em 8 de abril é realizada uma cerimónia solene na estação de comboios, em homenagem à história do cão leal, Hachiko.


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